terça-feira, 9 de novembro de 2010

Aquilo que sinto


Quando desligo-me do mundo, de tudo o que rodeia-me, inclusivé dos sons predominantes na atmosfera, aquela angústia regressa, aquele aperto no coração torna-se cada vez mais forte, o estômago volta a embrulhar-se e a cabeça vagueia sem destino, desorientada pelos tormentos dos pensamentos. Tem sido assim, desde a notícia que recebi em 27 de Setembro. Palavras de conforto e de encorajamento têm vindo de muitas partes e por muito que tente (mesmo muito)não consigo deixar de pensar no Futuro, de ter medo do que estará reservado para mim. Falo em "voz alta" como forma de convencer-me de que tudo correrá pelo melhor, de que não vale a pena desesperar e entrar em pânico, porque reacções como estas não me levam a lugar nenhum, mas é muito difícil, permanecer com a mesma lucidez e o mesmo descernimento dia após dia.
Depois e, apesar de tudo, de saber que existem pessoas em condições muito piores que a minha, não consigo deixar de entristecer-me pela situação a que cheguei; nunca passou-me pela minha cabeça chegar a esta fase da minha vida em situação de emprego precário, a poucos dias de deixar de ter o meu cantinho, a minha privacidade e, amigos, esta situação é muito difícil de suportar.
Resta-me um ínfimo de esperança que luto diariamente para a não perder.

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