sábado, 13 de agosto de 2011

Escrever para ti

Escrever para ti é como uma pontualidade perdida, esquecida de mim. Rasto e raio de luz que sigo já sem seguir. Sentir-te é a expressão da incapacidade, cerceada à nascença, como um copo meio cheio, que poderá estar meio vazio. É igual, depende da perspectiva, do reflexo incidente no mesmo.

Escrever para ti é cortar o espaço físico que nos separa, recortar a energia emergente da nossa mente superior, tão próxima, mas tão distante.

Escrever para ti é moldar a intemporalidade que és, a incerteza tão certa do teu olhar, prefácio dum livro por acabar.

Escrever para ti é sustentar este momento certo, em palavras incertas que encenam o que já não queremos.

Escrever para ti é o meu voo para a liberdade, na velha estrada onde nos reencontrámos.

Escrever para ti é sorrir-me por dentro de felicidade, ao recordar os momentos a roçar a eternidade.

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