terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Tarde de Verão


Estava uma bela tarde de verão, ao meu redor o ruído estridente da multidão não me incomodava. Aproveitava os últimos raios de sol a tocar o meu rosto, os cabelos soltos deslizavam ao sabor do vento, o som dos pássaros ecoavam na minha cabeça transformando-se numa melodia tranquilizadora, a brisa do mar emanava para mim, sem dúvida um extraordinário final de tarde.
Já não sentia paz há algum tempo, por isso permiti-me continuar por ali o tempo que fosse necessário para restabelecer o meu equilibrio.
Regressara às origens, tinha estado longe tempo demais, esperava-me no entanto o incerto, algo com o qual não queria preocupar-me naquele momento.
Envolvida pela atmosfera revigorante do verão, absorta em meus pensamentos, recordações, não me dei conta pelo passar das horas; olhei à minha volta e a esplanada, outrora repleta de corpos entusiásticamente bronzeados, encontrava-se agora praticamente deserta.
Eis então, que a minha atenção é desviada para uma figura que se aproximava.
Alto, porte atlético, pele morena, olhos incrívelmente azuis, foi assim que surgiste diante de mim pela primeira vez.
Essa final de tarde de verão ficou memorizada e, ainda hoje consigo determinar cada detalhe até ao ínfimo pormenor.

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