Da infância à morte, a ilusão envolve-nos. Vivemos por ela e só ela desejamos.
Ilusões de amor, de ódio, de ambição, todas elas formas de uma felicidade incessantemente esperada, mantêm-nos activos.
Elas iludem-nos acerca dos nossos sentimentos e sobre os sentimentos alheios, velando-nos a dureza do destino.
As ilusões inteclectuais são raras, as ilusões afectivas são quotidianas.
Crescem porque persistimos em querer interpretar sentimentos muitas vezes ainda envoltos nas trevas do inconsciente.
A ilusão afectiva faz-nos acreditar na perpetuidade de sentimentos que a evolução da nossa personalidade condena a desaparecer.
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